A visão freudiana sobre religião diverge opiniões.
O discurso de Freud caracteriza de forma negativa e menospreza a importância ou o significado que a religião venha assumir. Seus conceitos são categoricamente taxativos, onde, as experiências religiosas – mesmo que subjetivas - parecem ser irrelevantes e desconsideráveis.
Sabe-se que realmente em diversos casos a religião aprisiona e limita o homem, principalmente do desenvolvimento de suas faculdades intelectuais, mas, para este momento consideremos sua limitação maior, suas pulsões e desejos, a religião se posiciona como padrão de conduta e código moral. Porém, não se pode ignorar o fato que a partir de uma reflexão individual e subjetiva esses conceitos passam de uma moral enquanto modelo cultural para um componente da ética do indivíduo.
Para Freud o homem tenta usar a religião como muleta para sua fragilidade a fim de lançar sobre uma divindade suas pulsões, que são culturalmente reprimidas. A religião surge para suprir sua necessidade de construir um ideal em que se espelhar e dar sentido à sua existência. E esta é a razão porque poucos encontram a felicidade plena nesta busca incessante em dizimar o mal-estar inerente ao humano por não poder-se realizar por completo.
Na perspectiva freudiana a religião é vista como uma forma privilegiada de defesa contra medos primitivos, impulsos irracionais e inaceitáveis. Além disso, Freud destacava a religião como recurso cultural do qual o ser humano dispõe para lidar com o desamparo básico.
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